EXPOSIÇÃO LEONARDO DA VINCI
Exposição Leonardo da Vinci - A obra de um gênio.
LEORNARDO DA VINCI – A EXIBIÇÃO DE UM GÊNIO
POR MARIZA CARDOSO. MTB.20.158
Exposição de Leonardo da Vinci, na Casa França - Brasil, contempla um dos maiores gênios de todos os tempos.
A genialidade de Leonardo da Vinci, aliada ao imponente solar neoclássico da Casa França-Brasil, situado no coração do Rio de Janeiro, num edifício, com sólidas paredes, colunas e clarabóias, considerado um dos primeiros registros do estilo neoclássico no Brasil, foi palco da exposição “Leonardo da Vinci – A Exibição de um gênio”, entre os meses de agosto e setembro de 2007.
Considerada até então, como a mais abrangente exposição inspirada no legado davinciniano, a mostra contemplou a diversidade do gênio não só como pintor, mas também como filósofo, cientista, arquiteto, engenheiro, anatomista e inventor, mostrando em mais de 110 peças o porque Da Vinci, é considerado um dos maiores gênios que o mundo já conheceu e uma referência da Renascença Italiana.
A imponência, tanto da Casa França-Brasil, que traz as marcas de um modelo arquitetônico amparado em equilíbrio, clareza e proporção, encomendado por Dom João VI (1767 - 1826) em 1819, e inaugurado em 13 de maio de 1820, quanto da essência criativa de Leonardo da Vinci (1415 – 1519), buscam nessa beleza arquitetônica e criativa, mostrar a genialidade daquele que se popularizou, depois da polêmica obra do autor americano Dan Brown, onde o pintor italiano deu verniz a uma teoria conspiratória para lá de mirabolante. No livro, O Código Da Vinci , a trama passada em Paris dos dias de hoje, segue até Londres. A conspiração, porém, começou muito antes. Seu marco inicial foi o Concílio de Nicéia, em 325, quando a Igreja estabeleceu a natureza divina de Jesus Cristo. No, livro, para que isso fosse possível, supostas aventuras carnais do filho de Deus tiveram de ser ocultadas. O Graal que os personagens do livro buscam não é o cálice em que foi consagrado o vinho da Eucaristia. O tal cálice seria apenas uma representação alegórica do verdadeiro Graal, que, por sua vez, seria uma pessoa, e não um objeto: Maria Madalena, esposa de Jesus e mãe de seus filhos. Esse segredo milenar, bem como os restos mortais de Madalena, estariam sob a guarda de uma sociedade secreta que existiu de fato, o Priorado de Sião. Entre os membros célebres do priorado, Da Vinci teve especial destaque no livro, e não só por aparecer no título. Obras como A Última Ceia, pintado no refeitório de uma igreja de Milão, estariam repletas de alusões à companheira de Jesus. As lendas em Da Vinci são múltiplas e elas ainda inspiram até hoje imaginações em cima de todo limite, tanto que o livro, foi o exemplo contemporâneo mais evidente que a história do artista ainda desperta numerosas curiosidades e como muitas polêmicas.
Mas não só “A Última Ceia” e a famosa “Mona Lisa”, cercam de mistérios e maravilhas, as obras deste grande gênio. Na exposição “Leonardo da Vinci – A Exibição de um Gênio”, vários trabalhos são mostrados, divididos em 13 segmentos, entre eles, os estudos anatômicos, estudos sobre física e mecânica, a arte da Renascença, o Homem Vitruviano e máquinas civis e de guerra, muito parecidas com o que vimos hoje em dia. Antes de chegar ao Brasil, parte deste acervo esteve exposto em Roma.
Com 73 máquinas e reproduções em grande escala, o segmento “Estudos sobre a física e a mecânica”, demonstravam como Da Vinci relacionava os conceitos da mecânica ao funcionamento do corpo humano. Volantes, sistemas de rolamento de esferas e molas espirais, dividem o espaço com maquetes e modelos do que hoje podemos chamar de bicicletas, escavadeiras, elevador,etc.
No segmento bélico, Da Vinci, mostra suas invenções da época acerca de tanques de guerra, catapulta, canhões, enquanto nos projetos aquáticos, sua inventividade já mostrava protótipos de escafandros, equipamentos para respiração e até mesmo um submarino.
Se já não bastasse sua contribuição terrestre e aquática, suas contribuições foram fundamentais para a conquista do espaço aéreo também, alguns de seus inventos incluem o pára-quedas e até mesmo em helicóptero de 4mX4,5m.
Mas o gênio não pára por aí... Sua relação com a música, também o fez dirigir festivais e espetáculos em Milão, além de criar preciosidades como piano portátil, tambor e a flauta.
Sem dúvida, um dos mais completos gênios da humanidade, por sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, engenhosidade e criatividade, tornando-o um “faz tudo” – de inventor a filósofo, escultor, artista, cientista e muito mais. Foi o “pai” do vôo humano, inventor do automóvel, estrategista militar. Elaborou a “cidade ideal”, com ambiente equilibrado para livrar o mundo da peste, além de esboçar mecanismos para a construção de um robô e um dos pioneiros da cartografia, geologia e anatomia.Tudo isso, numa única pessoa, que segundo estudos, tinha um QI em torno de 180 e 220.
Nascido num pequeno vilarejo próximo ao município toscano de Vinci, Leonardo era filho ilegítimo de Piero da Vinci, um jovem notário e de Caterina. A mãe de Leonardo era provavelmente uma camponesa, embora seja sugerido, com poucas evidências, que ela era uma escrava judia oriunda do Oriente Médio comprada por Piero. O próprio Leonardo da Vinci assinava seus trabalhos simplesmente como Leonardo ou Io Leonardo. A maioria das autoridades refere-se aos seus trabalhos como Leonardos e não da Vincis. Presume-se que ele não usou o nome do pai por causa do estado ilegítimo. Da Vinci, morreu em Cloux, França e foi enterrado na Capela de São Hubert, no Castelo de Amboise.
A personalidade de Da Vinci sempre foi cercada por uma aura de mistério. Engenhosidades foram vistas com suspeita em uma época crua e com ideologias rigorosas. Em um ambiente ainda muito influenciado pela Igreja Católica era fácil trocar um estudo científico aprofundado por uma heresia; logo, especula-se que Da Vinci acabou optando pela clandestinidade para expressar o que realmente acreditava. Muitos sustentam que Da Vinci era pagão e que só explorou as instituições religiosas para tirar lucro das incumbências deles.
Alguns simbolistas dizem que há mensagens escondidas em seus trabalhos que reforçam esta idéia. Apesar disso, há diversos estudos contemporâneos que atestam que Da Vinci foi um ateu fervoroso. Não obstante isto as suas obras de arte, dentre elas a A Última Ceia o colocam como um dos maiores expoentes da Arte sacra.
Para citar o mais conhecido, há teorias que Mona Lisa é um auto-retrato, mas com feições femininas, explicando assim o sorriso ambíguo. No entanto, a idéia mais aceita é que o retrato ilustra a da esposa do comprador, Francesco Bartolomeo del Giocondo - daí o nome La Gioconda. Mas mesmo assim, ainda há o simbolismo por trás do nome: o nome Mona Lisa poderia ser um anagrama de duas divindades egípcias da fertilidade Amon e L'Isa, muito referenciadas pelos pagãos da época. Esta última hipótese foi inventada pelo escritor Dan Brown no seu livro O Código Da Vinci. Carece, contudo, de qualquer fundamentação histórica, tendo sido duramente criticada por estudiosos de arte. De fato, Leonardo não punha nomes nos seus quadros. O nome Monalisa foi dado à pintura por Giorgio Vasari, quase três décadas após a morte do pintor.
foto arquivo- Mona Lisa
A exposição “Leonardo da Vinci – A Exibição de um gênio, vem sendo desde a metade da década de 50, estudada por artesãos italianos e as primeiras peças, encaminhadas para Vinci, cidade de origem do artista. Na década de 90, uma parte do acervo seguiu para cidades européias e em 2006, a Anthropos Foundation e a RYP Austrália, estabeleceram uma parceria para a realização desta mostra atual. Depois da Casa França-Brasil, a próxima parada desta grandiosa exposição será em outubro, no Porto - Portugal. A partir de 13 de Outubro e até 27 de Janeiro, o Pavilhão Rosa Mota e os Jardins do Palácio vão ser o palco de “Leonardo da Vinci – O Gênio”. Uma benção, aos nossos patrícios, que assim como nós, poderão se deliciar com as obras do maior gênio da humanidade.
LEORNARDO DA VINCI – A EXIBIÇÃO DE UM GÊNIO
POR MARIZA CARDOSO. MTB.20.158
CRÉDITO FOTOS; MARIZA CARDOSO
A genialidade de Leonardo da Vinci, aliada ao imponente solar neoclássico da Casa França-Brasil, situado no coração do Rio de Janeiro, num edifício, com sólidas paredes, colunas e clarabóias, considerado um dos primeiros registros do estilo neoclássico no Brasil, foi palco da exposição “Leonardo da Vinci – A Exibição de um gênio”, entre os meses de agosto e setembro de 2007.
Considerada até então, como a mais abrangente exposição inspirada no legado davinciniano, a mostra contemplou a diversidade do gênio não só como pintor, mas também como filósofo, cientista, arquiteto, engenheiro, anatomista e inventor, mostrando em mais de 110 peças o porque Da Vinci, é considerado um dos maiores gênios que o mundo já conheceu e uma referência da Renascença Italiana.
A imponência, tanto da Casa França-Brasil, que traz as marcas de um modelo arquitetônico amparado em equilíbrio, clareza e proporção, encomendado por Dom João VI (1767 - 1826) em 1819, e inaugurado em 13 de maio de 1820, quanto da essência criativa de Leonardo da Vinci (1415 – 1519), buscam nessa beleza arquitetônica e criativa, mostrar a genialidade daquele que se popularizou, depois da polêmica obra do autor americano Dan Brown, onde o pintor italiano deu verniz a uma teoria conspiratória para lá de mirabolante. No livro, O Código Da Vinci , a trama passada em Paris dos dias de hoje, segue até Londres. A conspiração, porém, começou muito antes. Seu marco inicial foi o Concílio de Nicéia, em 325, quando a Igreja estabeleceu a natureza divina de Jesus Cristo. No, livro, para que isso fosse possível, supostas aventuras carnais do filho de Deus tiveram de ser ocultadas. O Graal que os personagens do livro buscam não é o cálice em que foi consagrado o vinho da Eucaristia. O tal cálice seria apenas uma representação alegórica do verdadeiro Graal, que, por sua vez, seria uma pessoa, e não um objeto: Maria Madalena, esposa de Jesus e mãe de seus filhos. Esse segredo milenar, bem como os restos mortais de Madalena, estariam sob a guarda de uma sociedade secreta que existiu de fato, o Priorado de Sião. Entre os membros célebres do priorado, Da Vinci teve especial destaque no livro, e não só por aparecer no título. Obras como A Última Ceia, pintado no refeitório de uma igreja de Milão, estariam repletas de alusões à companheira de Jesus. As lendas em Da Vinci são múltiplas e elas ainda inspiram até hoje imaginações em cima de todo limite, tanto que o livro, foi o exemplo contemporâneo mais evidente que a história do artista ainda desperta numerosas curiosidades e como muitas polêmicas.
Mas não só “A Última Ceia” e a famosa “Mona Lisa”, cercam de mistérios e maravilhas, as obras deste grande gênio. Na exposição “Leonardo da Vinci – A Exibição de um Gênio”, vários trabalhos são mostrados, divididos em 13 segmentos, entre eles, os estudos anatômicos, estudos sobre física e mecânica, a arte da Renascença, o Homem Vitruviano e máquinas civis e de guerra, muito parecidas com o que vimos hoje em dia. Antes de chegar ao Brasil, parte deste acervo esteve exposto em Roma.
Com 73 máquinas e reproduções em grande escala, o segmento “Estudos sobre a física e a mecânica”, demonstravam como Da Vinci relacionava os conceitos da mecânica ao funcionamento do corpo humano. Volantes, sistemas de rolamento de esferas e molas espirais, dividem o espaço com maquetes e modelos do que hoje podemos chamar de bicicletas, escavadeiras, elevador,etc.
No segmento bélico, Da Vinci, mostra suas invenções da época acerca de tanques de guerra, catapulta, canhões, enquanto nos projetos aquáticos, sua inventividade já mostrava protótipos de escafandros, equipamentos para respiração e até mesmo um submarino.
Se já não bastasse sua contribuição terrestre e aquática, suas contribuições foram fundamentais para a conquista do espaço aéreo também, alguns de seus inventos incluem o pára-quedas e até mesmo em helicóptero de 4mX4,5m.
Mas o gênio não pára por aí... Sua relação com a música, também o fez dirigir festivais e espetáculos em Milão, além de criar preciosidades como piano portátil, tambor e a flauta.
Sem dúvida, um dos mais completos gênios da humanidade, por sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, engenhosidade e criatividade, tornando-o um “faz tudo” – de inventor a filósofo, escultor, artista, cientista e muito mais. Foi o “pai” do vôo humano, inventor do automóvel, estrategista militar. Elaborou a “cidade ideal”, com ambiente equilibrado para livrar o mundo da peste, além de esboçar mecanismos para a construção de um robô e um dos pioneiros da cartografia, geologia e anatomia.Tudo isso, numa única pessoa, que segundo estudos, tinha um QI em torno de 180 e 220.
Nascido num pequeno vilarejo próximo ao município toscano de Vinci, Leonardo era filho ilegítimo de Piero da Vinci, um jovem notário e de Caterina. A mãe de Leonardo era provavelmente uma camponesa, embora seja sugerido, com poucas evidências, que ela era uma escrava judia oriunda do Oriente Médio comprada por Piero. O próprio Leonardo da Vinci assinava seus trabalhos simplesmente como Leonardo ou Io Leonardo. A maioria das autoridades refere-se aos seus trabalhos como Leonardos e não da Vincis. Presume-se que ele não usou o nome do pai por causa do estado ilegítimo. Da Vinci, morreu em Cloux, França e foi enterrado na Capela de São Hubert, no Castelo de Amboise.
A personalidade de Da Vinci sempre foi cercada por uma aura de mistério. Engenhosidades foram vistas com suspeita em uma época crua e com ideologias rigorosas. Em um ambiente ainda muito influenciado pela Igreja Católica era fácil trocar um estudo científico aprofundado por uma heresia; logo, especula-se que Da Vinci acabou optando pela clandestinidade para expressar o que realmente acreditava. Muitos sustentam que Da Vinci era pagão e que só explorou as instituições religiosas para tirar lucro das incumbências deles.
Alguns simbolistas dizem que há mensagens escondidas em seus trabalhos que reforçam esta idéia. Apesar disso, há diversos estudos contemporâneos que atestam que Da Vinci foi um ateu fervoroso. Não obstante isto as suas obras de arte, dentre elas a A Última Ceia o colocam como um dos maiores expoentes da Arte sacra.
Para citar o mais conhecido, há teorias que Mona Lisa é um auto-retrato, mas com feições femininas, explicando assim o sorriso ambíguo. No entanto, a idéia mais aceita é que o retrato ilustra a da esposa do comprador, Francesco Bartolomeo del Giocondo - daí o nome La Gioconda. Mas mesmo assim, ainda há o simbolismo por trás do nome: o nome Mona Lisa poderia ser um anagrama de duas divindades egípcias da fertilidade Amon e L'Isa, muito referenciadas pelos pagãos da época. Esta última hipótese foi inventada pelo escritor Dan Brown no seu livro O Código Da Vinci. Carece, contudo, de qualquer fundamentação histórica, tendo sido duramente criticada por estudiosos de arte. De fato, Leonardo não punha nomes nos seus quadros. O nome Monalisa foi dado à pintura por Giorgio Vasari, quase três décadas após a morte do pintor.
foto arquivo- Mona Lisa
A exposição “Leonardo da Vinci – A Exibição de um gênio, vem sendo desde a metade da década de 50, estudada por artesãos italianos e as primeiras peças, encaminhadas para Vinci, cidade de origem do artista. Na década de 90, uma parte do acervo seguiu para cidades européias e em 2006, a Anthropos Foundation e a RYP Austrália, estabeleceram uma parceria para a realização desta mostra atual. Depois da Casa França-Brasil, a próxima parada desta grandiosa exposição será em outubro, no Porto - Portugal. A partir de 13 de Outubro e até 27 de Janeiro, o Pavilhão Rosa Mota e os Jardins do Palácio vão ser o palco de “Leonardo da Vinci – O Gênio”. Uma benção, aos nossos patrícios, que assim como nós, poderão se deliciar com as obras do maior gênio da humanidade.
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