CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA: 114
ANOS DE HISTÓRIA.
Tudo começou em agosto de
1898, quando 62 rapazes, em sua maioria portugueses, se reuniram com a ideia de
criar uma associação dedicada à prática do remo. Inspirados nas celebrações do
quarto centenário da descoberta do caminho marítimo para as Índias, os rapazes
batizaram a nova agremiação com o nome do heroico português que alcançara tal
feito: Vasco da Gama. Nascia aí a história do Club de Regatas.
Na época, filiado à União de Regatas, o Vasco estreou em
competições oficiais no dia 4 de junho de 1899, na enseada de Botafogo. Com
uniforme negro, com faixa diagonal branca e a cruz-de-malta no centro, os
remadores vascaínos conseguiram a primeira vitória do clube em uma competição
esportiva.
Em 1904, seu primeiro presidente foi Cândido José de Araújo. Candinho,
como era carinhosamente chamado, presidiu o Vasco, em seu primeiro mandato, de
agosto de 1904 a agosto de 1905. Reeleito, permaneceu no cargo até agosto de
1906. Foi durante seu mandato que o clube conquistou o primeiro campeonato de
remo de sua história.
Na regata de 24 de setembro de 1905, quando foi inaugurado o
Pavilhão da Enseada de Botafogo, construído pela Prefeitura do então Distrito
Federal, o Vasco conquistou o seu primeiro campeonato de remo do Rio de
Janeiro. No ano seguinte, na regata de
26 de agosto de 1906, o Vasco conquistaria o bicampeonato carioca de remo.
A
HISTÓRIA DO FUTEBOL
Em 1913, um combinado de clubes de futebol de Lisboa em excursão
no Rio, a convite do Botafogo F.C. despertou o interesse da colônia portuguesa,
até então alheia ao futebol. Com isso, outros clubes foram fundados, como o
Luzitânia F.C., o Centro Português de Desportos, o Luso S.C. e, mais tarde, de
uma cisão no Luzitânia, o Luzitano S.C.. E, após remadas de sucesso, em
novembro de 1915, os vascaínos resolveram se fundir ao Luzitânia SC, clube
dedicado ao futebol e que, até então, somente admitia portugueses em seus
quadros. Com essa fusão, o Vasco da Gama filiou-se à Liga Metropolitana para
participar da temporada de 1916.
O Vasco começou na Terceira
Divisão, dando início aí a história de
um dos clubes mais importantes do futebol brasileiro. Mas a estreia nos campos não foi animadora, O
Vasco perdeu de 10 a 1 para Paladino FC,
em 3 de maio de 1916. Adão Antônio Brandão foi o autor do nosso primeiro gol.
Em outubro de 1916, o Vasco da Gama obteve a sua primeira vitória
no futebol. O Gigante da Colina ganhou o River por 2 a 1, no campo do São
Cristóvão, pela Terceira Divisão da Liga Metropolitana. Candido Almeida e
Alberto Costa Júnior foram os autores dos gols vascaínos.
Em 1922, o Vasco, já na Série B da primeira divisão da Liga
Metropolitana,consagrou-se campeão e conquistou o direito de disputar a
promoção à Série A numa partida extra contra o último colocado da Série A, o
São Cristóvão. O resultado de 0 a 0 garantiu ao Vasco a participação na elite
do futebol carioca no ano seguinte.
O lugar que o Vasco da Gama ocupa na elite do futebol brasileiro
tem a marca gloriosa do time conhecido como os “camisas negras” que, em 1923,
com uma campanha arrasadora (11 vitórias, dois empates e apenas uma derrota),
conquistou o primeiro titulo de campeão carioca de sua história. Com o uniforme
preto – ainda sem a faixa diagonal – de gola branca e com uma cruz vermelha,
semelhante à da Ordem de Cristo, no lado esquerdo do peito, Nélson, Leitão e
Mingote; Nicolino, Claudionor e Artur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e
Negrito foram os 11 vascaínos abusados, alguns deles negros e mulatos, que
quebraram definitivamente a hegemonia de América, Fluminense, Botafogo e Flamengo,
clubes nos quais atuavam somente jogadores brancos.
Até a ascensão do Vasco havia, no Rio, uma linha divisória que
separava os grandes clubes da Zona Sul – Fluminense, Botafogo e Flamengo – das
pequenas agremiações que se espalhavam pelos subúrbios da cidade. O máximo que
os grandes permitiam à Zona Norte, até aquele momento, era ter o América em seu
convívio, como o representante da elite tijucana. As grandes partidas se
realizavam no ambiente refinado, de maneirismos ingleses, estádio do Fluminense
Football Club, em Laranjeiras, diante de plateias que exibiam chapéus, bengalas
e vestidos longos.
Mas, no outro lado da cidade, nos campos suburbanos, o Vasco
iniciava sua arrancada. Em apenas seis anos os vascaínos deixaram os degraus
inferiores e chegaram à Primeira Divisão da Liga Metropolitana de Desportos
Terrestres (LMDT), prontos para disputar e ganhar o campeonato de 1923. A
explicação desse rápido sucesso estava nos negros, mulatos e brancos, pobres e
bons de bola, que o Vasco havia recrutado nos campos de subúrbio, numa
época em que o futebol era oficialmente amador. Para mantê-los no time,
comerciantes portugueses os registraram como empregados em seus
estabelecimentos. Era a maneira de burlar a exigência do amadorismo, que estava
com os dias contados. Junto com as vitórias sobre os pequenos e os
representantes da elite (Fluminense, Flamengo, Botafogo e América, vencidos em
série) surgiu o apelido de camisas negras, dado pela imprensa àquele time da
Zona Norte, que ia adquirindo fama de imbatível. A equipe tinha como
técnico o uruguaio Ramón Platero, que chegara ao Rio com a novidade da
preparação física. Na campanha irresistível dos camisas negras, o 8 de
julho de 1923 viria a se tornar uma data histórica. Nesse dia, o Vasco entrou
no campo de Laranjeiras para enfrentar o Flamengo, na terceira rodada do
returno. Derrotados anteriormente pelos vascaínos, Fluminense, Botafogo e
América uniram suas torcidas à flamenguista. Todos contra um, era a hora da
revanche. A partida foi disputadíssima. O Flamengo vencia por 3 a 2, quando nos
minutos finais o ponta-direita Paschoal marcou o que seria o gol de empate. Mas
o juiz Carlito Rocha, que mais tarde seria presidente do Botafogo, anulou o
gol, que para muitos foi legítimo. A derrota não impediu que o Vasco levasse
a taça de campeão, com vitória de 3 a 2 sobre o São Cristóvão, depois de estar
perdendo por dois gols. Como era de hábito no time comandado por Ramón Platero,
a virada aconteceu no segundo tempo. O medo de que os camisas negras repetissem
a façanha no ano seguinte levou os grandes clubes a abandonar a Liga
Metropolitana, em 1924. Fluminense, Botafogo e Flamengo, com apoio do Bangu e
do São Cristóvão, criaram a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos.
Inaugurado no dia 21 de abril de 1927, sua construção foi a
resposta que os grandes clubes da época receberam, ao tentarem barrar a
ascensão do time de negros e brancos pobres que, com o campeonato de 1923,
havia conquistado o direito de figurar na elite do futebol carioca. A alegação
de que o Vasco não tinha campo para receber seus adversários se desfez, quando
o presidente Washington Luiz e sua comitiva viram-se diante do então maior
estádio da América do Sul. Os vascaínos tinham se mobilizado em memorável
campanha para arrecadar contribuições que possibilitaram erguer, em menos de 12
meses, um colosso. O estádio recebeu o nome oficial de Vasco da Gama, logo
substituído por São Januário, devido à proximidade do estádio com a rua de
mesmo nome.
Os torcedores do Vasco tiveram papel fundamental na construção da
casa de todos os vascaínos, uma vez que a aquisição da área onde foi construído
São Januário foi possível graças a doação de torcedores e sócios apaixonados.
Esse grande marco teve como festa de inauguração um belo amistoso
entre Vasco e Santos. O time vascaíno saiu derrotado por 5 a 3, o que pouco
importava, já que o placar final foi apenas coadjuvante do espetáculo. O
fundamental era que o maior e melhor estádio do Brasil, até 1940, havia nascido
para o futebol. Além das grandes comemorações das principais conquistas do
clube, São Januário foi palco de grandes
festas cívicas. Também foi da tribuna do estádio que o presidente Getulio
Vargas assinou, em 1943, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
A partir de 1944 o Vasco não parou mais de triunfar no remo. Até
1959 essa história não mudou, e esse feito é um recorde até hoje. De seu décimo
terceiro título até o vigésimo oitavo, o Gigante da Colina conquistou
competições do remo em cima do Flamengo.
Com um público de 112.933 pessoas no Maracanã o Vasco foi o
primeiro time carioca a ser campeão brasileiro. No dia primeiro de agosto de
1974, o Gigante da Colina bateu o Cruzeiro dos craques Nelinho e Piazza por 2 a
1. Gols de Ademir e Jorginho Carvoeiro.
Nessa partida histórica o grupo cruzmaltino contava com: Andrada,
Fidelis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro,
Roberto Dinamite e Luis Carlos. O técnico era Mário Travaglini.
Em 2001 o Vasco bate recorde na Libertadores. Apesar de ter sido
desclassificado nas quartas-de-final pelo Boca Juniors da Argentina, o time da
Colina conseguiu 8 vitórias seguidas na competição, o que nunca havia
acontecido antes.
Já em 2003 o Vasco conquista o Estadual. A competição foi
disputada em um turno único, com 12 clubes participantes se enfrentando. O
vencedor desse turno foi o Vasco, e assim levou a Taça Guanabara. Depois
disso, os quatro melhores colocados se
enfrentaram nas semifinais em dois jogos. Os vascaínos tiveram novamente o melhor
desempenho. Ganhando o Fluminense por 2 a 1 em duas vezes seguidas, o time da
Colina foi o melhor nas semifinais e levou a Taça Rio.
CURIOSIDADES
O ESTÁDIO
O estádio Vasco da Gama, conhecido como São Januário e inaugurado
em 21 de abril de 1927, além de histórico, é um dos mais charmosos do mundo. As
características originais de sua arquitetura encontram-se bem conservadas. O
Projeto de Lei 1563/96 da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, apresentado pelo
vereador Ivan Moreira em 29 de maio de 1996, tombou o estádio e seu complexo
esportivo e social, por seu valor histórico, cultural, esportivo e social.Sua
fachada, em estilo neocolonial, se encontra em processo de tombamento pelo
INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio), o órgão estadual que
tem a missão de preservar o patrimônio cultural do Rio de Janeiro. É noticiado
com uma certa frequencia que a fachada teria sido tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional)(informação a ser confirmada, pois não
foi encontrada no site do IPHAN).
Em 30 de abril de 2008, São Januário foi eleito a Primeira
Maravilha da Zona Norte, ao vencer a votação popular promovida pelo site 7
Maravilhas da Zona Norte. Foram enviados cerca de 130 mil votos, dos
quais 37 mil (mais de 28%) foram para o Caldeirão da Colina. Este evento foi
uma iniciativa do bibliotecário Evando dos Santos e contou com um amplo apoio e
divulgação dos veículos de comunicação. Vale ressaltar que São Januário
superou, inclusive, o Maracanã (Estádio Mário Filho), que ficou em terceiro
lugar na votação.
REI PELÉ
Em 1957, o Rei Pelé jogou pelo Vasco,
enquanto o time principal excursionava pela Europa. Isso aconteceu no Torneio
do Morumbi, com partidas realizadas no Maracanã. Flamengo, Belenenses (POR) e
Dínamo (IUG) participaram da competição. Em alguns textos da época, alguns
jornalistas chegaram a falar no “nascimento do futuro craque da Seleção”. E não
deu outra: o técnico Sílvio Pirillo decidiu convocá-lo para a disputa da Copa
Roca, contra a Argentina, no Maracana, no dia 7 de julho de 1957.
FUTEBOL
FEMININO
2006 inicia uma saga no futebol feminino do Brasil. Marta,
jogadora revelada pelo Vasco, é eleita a melhor do mundo pela FIFA. A partir
dai a magnífica jogadora não parou mais.
MILÉSIMO
GOL DO ROMÁRIO
2007, Romário marca o milésimo gol na sua carreira.
O baixinho que era gigante na grande área decidiu encerrar a sua carreira no
clube que o revelou, além de escolher o clube da Colina para ser o time onde ia
marcar o gol número 1000 na sua
trajetória. A meta foi batida contra a equipe do Sport, em partida válida pela
segunda rodada do Campeonato Brasileiro, no dia 20 de maio.
CASACA,
CASACA, CASACA ZACA ZACA! A TURMA É BOA É MESMO DA FUZARCA! VASCO, VASCO,
VASCO!
Este
grito de guerra já foi lançado milhares de vezes pela imensa torcida
cruzmaltina, celebrando grandes conquistas na terra e no mar. Uma tradição que
originou-se na década de 1920, e que é mantida até hoje. Tudo começou quando os
remadores e outros sócios do clube se reuniam na garagem de barcos para
comemorar vitórias nas regatas. Invariavelmente, comparecia a estes eventos uma
certa Turma
da Fuzarca, que, como seu nome sugere, animava a festa. O hoje famoso grito
de Casaca, que surgiu como expressão da confraternização entre os remadores e e
a Turma da Fuzarca, passou a ser associado às conquistas vascaínas no remo e,
posteriormente, disseminou-se às outras modalidades esportivas.
QUE
NOME ESCOLHER?
Quando o Vasco foi fundado, a escolha do nome do clube foi muito
debatida. As opções eram: C. R. Álvares Cabral ou C. R. Santa Cruz. No ano da
fundação comemorava-se o quarto centenário do descobrimento do caminho marítimo
para as Índias pelo navegador Vasco da Gama.
Então.. saudações vascaínas, e
não cabralinos ou santacruzenses.
O
GOLEIRO QUE GANHOU NA LOTERIA.
O goleiro Rodrigues (nome completo: Gabriel Rodrigues), de 30
anos, contratado pelo Vasco em agosto de 1945 do Comercial F.C. de São Paulo,
além de ser bom goleiro tinha muita sorte. Ele estreou na quinta rodada do
campeonato carioca e realizou doze jogos como titular até o fim do campeonato,
em novembro, ajudando o Vasco a conquistar o título invicto. No mês seguinte, de férias em Caxambu, Rodrigues comprou um
"gasparinho", como eram chamados os bilhetes da Loteria Federal, e
foi premiado com 200 mil cruzeiros, uma fortuna na época. Sem precisar mais do
futebol para viver, Rodrigues decidiu pendurar as chuteiras e voltar para São
Paulo.
A
ESTREIA DA CAMISA PRETA COM FAIXA DIAGONAL BRANCA.
Até a década de 1940, era comum ver na imprensa referências ao
time de futebol do Vasco como os camisas pretas. Porém, no campeonato
carioca de 1943, o Vasco apresentou uma novidade no seu uniforme: foi
acrescentada à camisa preta a faixa diagonal branca. A motivação dessa inovação
é desconhecida, mas especula-se que tenha sido por sugestão do técnico Ondino
Viera. A estréia do novo uniforme deu-se na partida contra o Fluminense, nas
Laranjeiras, no dia 13 de junho de 1943.
PRIMEIRAS
TORCIDAS ORGANIZADAS.
Hoje em dia existem muitas torcidas organizadas vascaínas, mas até
o final dos anos 60 havia apenas uma facção, a Torcida Organizada, cujo
primeiro chefe chamava-se João de Luca. Em 1956, problemas de saúde não o
permitiram continuar, e ele foi então sucedido pela lendária Dulce Rosalina, a
primeira mulher a chefiar uma torcida no Rio de Janeiro. Nos anos 50, também
tornou-se célebre o torcedor Ramalho, que soprava um longo talo de mamão como
uma corneta, para animar a torcida durante os jogos.
Em 1970, apareceu a Força Jovem, fundada num casarão da Rua Cônego
Tobias, no bairro do Méier. A primeira faixa estendida nos estádios pela
torcida dizia VASCO, O MÉIER TE SAÚDA. Inicialmente (1970 e 71) a FJ foi chefiada
por Manoel, depois por Melo e, posteriormente, quando ganhou projeção, por Eli
Mendes.
A Torcida Feminina Camisa 12, exclusivamente feminina, surgiu em
1973 por Iara Barros.
De lá pra cá, inúmeras torcidas organizadas têm sido criadas.
APELIDOS
DO CLUBE.
Ao longo de sua história, vários apelidos para o Vasco estiveram
em voga. Nas décadas de 1920 e 1930, a imprensa comumente referia-se ao onze
vascaíno como os “Camisas Pretas”, pois naquela época assim era o uniforme do
time de futebol, ainda sem a faixa diagonal branca que sempre foi usada pelas
guarnições de remo e que só seria adotada no início da década de 1940.
O apelido de “Gigante da Colina”, que até hoje é usado,
surgiu devido ao estádio de São Januário estar localizado numa região topograficamente
elevada. Todavia, há quem conteste que São Januário fique numa colina,
preferindo atribuir a denominação a um equívoco geográfico, pois existia um
Morro de São Januário (já demolido), mas que ficava no centro da cidade, bem
longe, portanto, da Rua São Januário, a principal via de acesso ao estádio.
Aliás, por algum tempo, até quase o fim da década de 1930, o estádio, cujo nome
oficial sempre foi Estádio Vasco da Gama, era freqüentemente chamado
de Campo da Rua Abílio, que naquela época era como se chamava a rua
General Almério de Moura, onde fica a bela fachada principal e a entrada
social.
O
BAIRRO VASCO DA GAMA.
Em 1998, ano do centenário do Vasco, no dia 8 de setembro, a Lei
2672/98 da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, cujo Projeto de Lei 425/97 foi
apresentado pelo vereador Áureo Ameno, transformou a área onde fica São
Januário e adjacências num novo bairro carioca. A região, que até então fazia
parte do bairro de São Cristóvão (VII região administrativa), passou a se
chamar Vasco da Gama. A homenagem, além de justa, faz muito sentido na prática,
pois o clube, com seu estádio e sede principal, é há muito tempo a referência
para as pessoas que vão à região.
O APELIDO “BACALHAU”
Ainda durante a década de 60, as torcidas adversárias, com
intenções pejorativas inventaram o apelido “bacalhau”. O apelido foi
aproveitado pelo cartunista Henfil , cujos quadrinhos na época apareciam no
Jornal dos Sports com um personagem que representava o torcedor do vasco, um
português careca e bigodudo. A torcida cruzmaltina acabou adotando o apelido
com muito orgulho.
O FREGUÊS DA GÁVEA
Dos 41 adversários do Flamengo na Gávea, somente o Vasco,
Atlético Mineiro, Seleção Carioca, Juventude e Grasshoppers, da Suíça, levam a
melhor sobre o rubro-negro. Contra o time cruzmaltino, em 15 jogos, foram seis
vitórias, um empate e oito derrotas. Em São Januário, foram 26 partidas: o
Vasco venceu 13, empatou 7 e perdeu 6.
GANDULA
Gandula (nome completo Bernardo Gandulla) foi um jogador
argentino que atuou no Vasco em 1939. Era característica do Gandula ir buscar a
bola que havia saído de campo e entregar
ao jogador encarregado de repô-la em
jogo. Quando passaram a serempregados garotos com a função de devolver as bolas
para o campo, durante as partidas, o público os apelidou de “gandulas” em homenagem ao ex - craque vascaíno.
O FLA TEM MAIS VICE
Depois do estrondodo sucesso do “Almanaque Anos 80” , os jornalistas
Luiz André Alzer e Mariana Claudino, resolveram lançar um livro que tem sido um
deleite para os vascaínos. “ os 10 mais”, da Editora Agir reúne 250 listas
reveladoras e curiosas sobre muitas crenças espalhadas anos a fio pela boca do
povo. Entre as revelações, o assunto mais polêmico é com relação ao clube
carioca que tem mais vice-campeonatos. Na
relação estão:
1)
América -
RN (45)
2)
Atlético - MG (35)
3)
Flamengo – RJ (33)
4)
Cruzeiro – (33)
5)
Paysandu – PA (32)
6)
Remo – PA (32)
7)
Santa Cruz – (31)
8)
Náutico -
(29)
9)
ABC – RN (27)
10)
Vasco (27)
Convém destacar também que apesar
de ter perdido as últimas quatro dicisões de CampeonatoCarioca e uma da Copa
Brasil, O Vasco ganhou mais títulos que o Flamengo. São 21 contra 19 do rubro-negro.
O
DIA DO VASCO
Desde 2007 que os vascaínos têm um dia voltado para o seu clube de
coração. Apesar de celebrar o Gigante da Colina todos os dias do ano, os
torcedores do Vasco têm o dia 21 de agosto um sentimento especial. Isso
aconteceu em função do projeto de lei nº 5.052 que foi sancionado pelo
governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho no dia 2 de julho de 2007. A
partir desse ano a data se tornou comemorativa e homenageia também a fundação
do clube.
LICENCIAMENTOS
O processo de licenciamento do Vasco da Gama permite o uso legal
das marcas do clube em produtos que são comercializados em todo o mundo.
O trabalho visa atingir todos os torcedores, para que eles possam
ter acesso a produtos oficiais do clube, adquirindo algo original, de qualidade
e que foi aprovado pelo Departamento de Marketing. Desta forma, o Vasco recebe
uma porcentagem (royalties) pela venda e, assim, mesmo estando longe
fisicamente, os vascaínos podem ajudar seu clube do coração a crescer cada dia
mais.
COMEMORAÇÕES:
FESTA DOS 114 ANOS
CASACA, CASACA, CASACA ZACA ZACA! A TURMA É BOA. É MESMO DA
FUZARCA! VASCO, VASCO, VASCO!
Com este grito de guerra entoado há décadas, a noite de
terça-feira, 21 de agosto, foi palco de
mais uma comemoração pelos 114 anos do C. R. Vasco da Gama, realizado em sessão solene, na sede Náutica da Lagoa.
O evento contou com a presença do presidente Roberto Dinamite, de vices-presidentes do clube, sócios, conselheiros, beneméritos, autoridades do Rio de Janeiro, entre eles a chefe da polícia civil do Rio de Janeiro, Marta Rocha e o prefeito Eduardo Paes, que foi o orador da noite, onde anunciou algumas boas notícias para os vascaínos.
Em seu discurso, Eduardo Paes , além de participar animadamente do grito de guerra, anunciou aos presentes o início do trabalho de recuperação do estádio São Januário, para a Olimpíada de 2016 e o centro de treinamento em Vargem Grande, um espaço de ponta cedido pela prefeitura do Rio Janeiro.
Um dos mais emocionados com a solenidade, Roberto Dinamite comentou sobre a comemoração dos 114 anos e fez questão de registrar os parabéns, dizendo estar vivendo um momento especial tanto para ele quanto para todos os vascaínos. Também durante a cerimônia na sede Náutica da Lagoa, foi feito um minuto de silêncio em homenagem os ilustres vascaínos, falecidos neste ano de 2012, entre eles o guitarrista Celso Blues Boy.
A diretoria do Vasco também prestou homenagens, com a entrega dos escudos, aos sócios que completaram 50 e 70 anos de clube. Uma das venerações foi para Laura Eunice das Chagas, de 78 anos, atleta master do atletismo do Vasco e que soma 680 medalhas na carreira, sendo 300 delas conquistadas pelo Vasco. Laura tem 58 anos de sócia.
Entre os homenageados, estão: Alberto da Silva, Aluisio Borges, Antonio da Cunha ,Bryan da Silva, Eduardo Ribeiro, Jayme de Vasconcelos, João dos Santos, João Paulo Cantalisse, José de Carvalho, José de Amorim, José de Andrade, José Rabelo, Laura das Chagas, Leonardo de Faria e Rita da Silva. E pelos 70 anos no clube: José Carlos Osório e Nelson Carneiro Fontes.
O evento contou com a presença do presidente Roberto Dinamite, de vices-presidentes do clube, sócios, conselheiros, beneméritos, autoridades do Rio de Janeiro, entre eles a chefe da polícia civil do Rio de Janeiro, Marta Rocha e o prefeito Eduardo Paes, que foi o orador da noite, onde anunciou algumas boas notícias para os vascaínos.
Em seu discurso, Eduardo Paes , além de participar animadamente do grito de guerra, anunciou aos presentes o início do trabalho de recuperação do estádio São Januário, para a Olimpíada de 2016 e o centro de treinamento em Vargem Grande, um espaço de ponta cedido pela prefeitura do Rio Janeiro.
Um dos mais emocionados com a solenidade, Roberto Dinamite comentou sobre a comemoração dos 114 anos e fez questão de registrar os parabéns, dizendo estar vivendo um momento especial tanto para ele quanto para todos os vascaínos. Também durante a cerimônia na sede Náutica da Lagoa, foi feito um minuto de silêncio em homenagem os ilustres vascaínos, falecidos neste ano de 2012, entre eles o guitarrista Celso Blues Boy.
A diretoria do Vasco também prestou homenagens, com a entrega dos escudos, aos sócios que completaram 50 e 70 anos de clube. Uma das venerações foi para Laura Eunice das Chagas, de 78 anos, atleta master do atletismo do Vasco e que soma 680 medalhas na carreira, sendo 300 delas conquistadas pelo Vasco. Laura tem 58 anos de sócia.
Entre os homenageados, estão: Alberto da Silva, Aluisio Borges, Antonio da Cunha ,Bryan da Silva, Eduardo Ribeiro, Jayme de Vasconcelos, João dos Santos, João Paulo Cantalisse, José de Carvalho, José de Amorim, José de Andrade, José Rabelo, Laura das Chagas, Leonardo de Faria e Rita da Silva. E pelos 70 anos no clube: José Carlos Osório e Nelson Carneiro Fontes.
Entre os presentes, Martha Rocha contou à Revista Cruzmaltino que comemorar
114 anos é renovar o compromisso com a democracia e com muito orgulho finalizou
ser vascaína. Hélio Donin, presidente do Conselho fiscal enalteceu o vasco,
resumindo ser o vasco sinônimo de glória, tradição e história, além de se
sentir um felizardo em pertencer ao clube. Leonardo Martins, desejou aos
vascaínos que hoje completam 114 anos, a vontade de estar sempre juntos, em prol do mesmo objetivo. Agradeceu
a presença de todos, em especial a Iara Barros pelo companherismo e paixão
incondicional ao Vasco.
Durante todo o evento, um delicioso e caprichado coquetel foi
servido, finalizando com um grande bolo de aniversário que deixou em todos,
aquele gostinho de quero mais.
HOMENAGEM
NA CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO.
O Dia do Vasco e do Vascaíno foi comemorado com muita emoção e
alegria nA sexta-feira (24) na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A
homenagem aconteceu pelo sexto ano e se refere à fundação do clube,
no dia 21 de agosto, a partir de uma lei do vereador Roberto Monteiro.
O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, agradeceu a iniciativa do
vereador e ressaltou a importância de toda a diretoria contribuir, com
dedicação e competência, para o time cruzmaltino. “Estamos saneando e
buscando colocar o Vasco no caminho certo. Hoje, eu enxergo o Vasco
com a possibilidade muito maior de fazer investimentos e trazer novos
parceiros”, declarou Dinamite.
O vereador Roberto Monteiro afirmou que “quando me
perguntam do por que da homenagem, sempre respondo que se a Câmara dos
Vereadores tivesse que escolher apenas um clube para homenagear, este clube
seria, obrigatoriamente, o Vasco. Nenhum outro clube contribuiu tanto
para divulgar o Rio como cidade maravilhosa do que o Vasco".
Homenagens
A noite foi de muitas homenagens. A primeira foi para Walter
Miceli, o famoso Jaguaré, que durante 54 anos
consecutivos foi locutor oficial do estádio de São Januário. Falecido
em 2001, Jaguaré completaria, em 2012, 65 anos de contratação como
locutor pelo Vasco.
Em seguida foi a vez de receber a moção e a placa comemorativa o
senhor Nelson Carneiro Fontes, pelos seus 70 anos de vida
associativa. Muito emocionado, esse apaixonado pelo Clube contou a
glória de receber do pai, em 1942, o título de sócio do Vasco.
Também foram homenageados: José Roberto Santos da Costa, que
foi atleta de Futebol do Club de Regatas Vasco da Gama entre os anos de
1958 e 1962 onde sagrou-se como 1º Campeão do Estado da Guanabara em
1960; e Rogerio Corecha Teixeira e Ronaldo Corecha Teixeira, que
foram Campeões Brasileiros de Karatê pelo Club de Regatas Vasco da Gama no ano
de 2004.
Falecido no dia 15 de agosto deste ano, foi homenageado
também, in memoriam, João Augusto Lobarinhas Carneiro, sócio do Vasco e
membro do Conselho Deliberativo do clube. Outrohomenageado foi
Irene Teixeira da Silva, já falecida, conhecida torcedora e frequentadora do
Club de Regatas Vasco da Gama por mais de 50 anos e membro da TOV.
O time de Futebol Americano Vasco da Gama Patriotas, que
esteve presente na Câmara Municipal, foi outro agraciado da noite com a placa
comemorativa. Desde agosto de 2010, o timevem conquistando o carinho
da Torcida Vascaína, pela garra e determinação com que defende as cores e os
símbolos do Vasco. Também presentes à festa, o time de futebol feminino
sub 17, que encantou a todos nesta noite, foi outro a receber as
homenagens. Sempre pioneiro, o Vasco foi o primeiro clube de massa a
estruturar equipes de futebol feminino, revelando para o esporte suas
principais estrelas de projeção nacional e internacional. Neste ano, a
equipe conquistou o título de campeã mundial, primeiro título mundial
conquistado por um clube no futebol feminino.
A última, porém uma das mais emocionantes homenagens da
noite, foi para o guitarrista Celso Blues Boy, que faleceu no
dia 6 de agosto. Seu amigo Roberto Lly recebeu em nome da família uma
placa e uma moção. Um vídeo mostrou Celso tocando o hino do Vasco, cantado em
alto e bom som na Câmara Municipal pelos apaixonados pelo clube.
Por fim, como já faz parte da história do clube os torcedores
entoaram o famoso grito de guerra “Casaca, casaca, casa, casa casaca. A
turma. É boa. É mesmo da fuzarca!
Vasco, Vasco, Vasco!".
Vasco, Vasco, Vasco!".
A festa contou com a presença de diversos dirigentes do
Vasco, como o presidente do Conselho Deliberativo, Abílio Borges, o primeiro
vice-presidente geral, Antônio Frutuoso Peralta, o segundo vice-presidente
geral, Nelson Rocha, o presidente do Conselho Fiscal, Hélio César Donin,
entre outros conselheiros. Também marcou presença o ex-ministro de Promoção da
Igualdade Racial do Governo Lula, Elói Ferreira. Após a solenidade, houve um
coquetel para os presentes na própria Câmara Municipal.
Fonte de pesquisa e agradecimentos: Site oficial do C R VASCO DA GAMA, Netvasco,
Paixão vascão e Cr Vasco da Gama; coberturas jornalísticas, entrevistas.
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