CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA: 114 ANOS DE HISTÓRIA.

Tudo começou em  agosto de 1898, quando 62 rapazes, em sua maioria portugueses, se reuniram com a ideia de criar uma associação dedicada à prática do remo. Inspirados nas celebrações do quarto centenário da descoberta do caminho marítimo para as Índias, os rapazes batizaram a nova agremiação com o nome do heroico português que alcançara tal feito: Vasco da Gama. Nascia aí a história do Club de Regatas.
Na época, filiado à União de Regatas, o Vasco estreou em competições oficiais no dia 4 de junho de 1899, na enseada de Botafogo. Com uniforme negro, com faixa diagonal branca e a cruz-de-malta no centro, os remadores vascaínos conseguiram a primeira vitória do clube em uma competição esportiva.
Em 1904, seu primeiro presidente foi Cândido José de Araújo. Candinho, como era carinhosamente chamado, presidiu o Vasco, em seu primeiro mandato, de agosto de 1904 a agosto de 1905. Reeleito, permaneceu no cargo até agosto de 1906. Foi durante seu mandato que o clube conquistou o primeiro campeonato de remo de sua história.
Na regata de 24 de setembro de 1905, quando foi inaugurado o Pavilhão da Enseada de Botafogo, construído pela Prefeitura do então Distrito Federal, o Vasco conquistou o seu primeiro campeonato de remo do Rio de Janeiro.  No ano seguinte, na regata de 26 de agosto de 1906, o Vasco conquistaria o bicampeonato carioca de remo.

A HISTÓRIA DO FUTEBOL

Em 1913, um combinado de clubes de futebol de Lisboa em excursão no Rio, a convite do Botafogo F.C. despertou o interesse da colônia portuguesa, até então alheia ao futebol. Com isso, outros clubes foram fundados, como o Luzitânia F.C., o Centro Português de Desportos, o Luso S.C. e, mais tarde, de uma cisão no Luzitânia,  o Luzitano S.C.. E, após remadas de sucesso, em novembro de 1915, os vascaínos resolveram se fundir ao Luzitânia SC, clube dedicado ao futebol e que, até então, somente admitia portugueses em seus quadros. Com essa fusão, o Vasco da Gama filiou-se à Liga Metropolitana para participar da temporada de 1916.
O Vasco começou na  Terceira Divisão, dando início aí  a história de um dos clubes mais importantes do futebol brasileiro. Mas  a estreia nos campos não foi animadora, O Vasco perdeu  de 10 a 1 para Paladino FC, em 3 de maio de 1916. Adão Antônio Brandão foi o autor do nosso primeiro gol.
Em outubro de 1916, o Vasco da Gama obteve a sua primeira vitória no futebol. O Gigante da Colina ganhou o River por 2 a 1, no campo do São Cristóvão, pela Terceira Divisão da Liga Metropolitana. Candido Almeida e Alberto Costa Júnior foram os autores dos gols vascaínos.
Em 1922, o Vasco, já na Série B da primeira divisão da Liga Metropolitana,consagrou-se campeão e conquistou o direito de disputar a promoção à Série A numa partida extra contra o último colocado da Série A, o São Cristóvão. O resultado de 0 a 0 garantiu ao Vasco a participação na elite do futebol carioca no ano seguinte.
O lugar que o Vasco da Gama ocupa na elite do futebol brasileiro tem a marca gloriosa do time conhecido como os “camisas negras” que, em 1923, com uma campanha arrasadora (11 vitórias, dois empates e apenas uma derrota), conquistou o primeiro titulo de campeão carioca de sua história. Com o uniforme preto – ainda sem a faixa diagonal – de gola branca e com uma cruz vermelha, semelhante à da Ordem de Cristo, no lado esquerdo do peito, Nélson, Leitão e Mingote; Nicolino, Claudionor e Artur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito foram os 11 vascaínos abusados, alguns deles negros e mulatos, que quebraram definitivamente a hegemonia de América, Fluminense, Botafogo e Flamengo, clubes nos quais atuavam somente jogadores brancos.
Até a ascensão do Vasco havia, no Rio, uma linha divisória que separava os grandes clubes da Zona Sul – Fluminense, Botafogo e Flamengo – das pequenas agremiações que se espalhavam pelos subúrbios da cidade. O máximo que os grandes permitiam à Zona Norte, até aquele momento, era ter o América em seu convívio, como o representante da elite tijucana. As grandes partidas se realizavam no ambiente refinado, de maneirismos ingleses, estádio do Fluminense Football Club, em Laranjeiras, diante de plateias que exibiam chapéus, bengalas e vestidos longos.
Mas, no outro lado da cidade, nos campos suburbanos, o Vasco iniciava sua arrancada. Em apenas seis anos os vascaínos deixaram os degraus inferiores e chegaram à Primeira Divisão da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), prontos para disputar e ganhar o campeonato de 1923. A explicação desse rápido sucesso estava nos negros, mulatos e brancos, pobres e bons de bola, que o Vasco havia recrutado nos campos de subúrbio, numa época em que o futebol era oficialmente amador. Para mantê-los no time, comerciantes portugueses os registraram como empregados em seus estabelecimentos. Era a maneira de burlar a exigência do amadorismo, que estava com os dias contados. Junto com as vitórias sobre os pequenos e os representantes da elite (Fluminense, Flamengo, Botafogo e América, vencidos em série) surgiu o apelido de camisas negras, dado pela imprensa àquele time da Zona Norte, que ia adquirindo fama de imbatível. A equipe tinha como técnico o uruguaio Ramón Platero, que chegara ao Rio com a novidade da preparação física. Na campanha irresistível dos camisas negras, o 8 de julho de 1923 viria a se tornar uma data histórica. Nesse dia, o Vasco entrou no campo de Laranjeiras para enfrentar o Flamengo, na terceira rodada do returno. Derrotados anteriormente pelos vascaínos, Fluminense, Botafogo e América uniram suas torcidas à flamenguista. Todos contra um, era a hora da revanche. A partida foi disputadíssima. O Flamengo vencia por 3 a 2, quando nos minutos finais o ponta-direita Paschoal marcou o que seria o gol de empate. Mas o juiz Carlito Rocha, que mais tarde seria presidente do Botafogo, anulou o gol, que para muitos foi legítimo. A derrota não impediu que o Vasco levasse a taça de campeão, com vitória de 3 a 2 sobre o São Cristóvão, depois de estar perdendo por dois gols. Como era de hábito no time comandado por Ramón Platero, a virada aconteceu no segundo tempo. O medo de que os camisas negras repetissem a façanha no ano seguinte levou os grandes clubes a abandonar a Liga Metropolitana, em 1924. Fluminense, Botafogo e Flamengo, com apoio do Bangu e do São Cristóvão, criaram a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos.
Inaugurado no dia 21 de abril de 1927, sua construção foi a resposta que os grandes clubes da época receberam, ao tentarem barrar a ascensão do time de negros e brancos pobres que, com o campeonato de 1923, havia conquistado o direito de figurar na elite do futebol carioca. A alegação de que o Vasco não tinha campo para receber seus adversários se desfez, quando o presidente Washington Luiz e sua comitiva viram-se diante do então maior estádio da América do Sul. Os vascaínos tinham se mobilizado em memorável campanha para arrecadar contribuições que possibilitaram erguer, em menos de 12 meses, um colosso. O estádio recebeu o nome oficial de Vasco da Gama, logo substituído por São Januário, devido à proximidade do estádio com a rua de mesmo nome.

Os torcedores do Vasco tiveram papel fundamental na construção da casa de todos os vascaínos, uma vez que a aquisição da área onde foi construído São Januário foi possível graças a doação de torcedores e sócios apaixonados.

Esse grande marco teve como festa de inauguração um belo amistoso entre Vasco e Santos. O time vascaíno saiu derrotado por 5 a 3, o que pouco importava, já que o placar final foi apenas coadjuvante do espetáculo. O fundamental era que o maior e melhor estádio do Brasil, até 1940, havia nascido para o futebol. Além das grandes comemorações das principais conquistas do clube, São Januário  foi palco de grandes festas cívicas. Também foi da tribuna do estádio que o presidente Getulio Vargas assinou, em 1943, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

A partir de 1944 o Vasco não parou mais de triunfar no remo. Até 1959 essa história não mudou, e esse feito é um recorde até hoje. De seu décimo terceiro título até o vigésimo oitavo, o Gigante da Colina conquistou competições do remo em cima do Flamengo.
Com um público de 112.933 pessoas no Maracanã o Vasco foi o primeiro time carioca a ser campeão brasileiro. No dia primeiro de agosto de 1974, o Gigante da Colina bateu o Cruzeiro dos craques Nelinho e Piazza por 2 a 1. Gols de Ademir e Jorginho Carvoeiro.
Nessa partida histórica o grupo cruzmaltino contava com: Andrada, Fidelis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luis Carlos. O técnico era Mário Travaglini.
Em 2001 o Vasco bate recorde na Libertadores. Apesar de ter sido desclassificado nas quartas-de-final pelo Boca Juniors da Argentina, o time da Colina conseguiu 8 vitórias seguidas na competição, o que nunca havia acontecido antes.
Já em 2003 o Vasco conquista o Estadual. A competição foi disputada em um turno único, com 12 clubes participantes se enfrentando. O vencedor desse turno foi o Vasco, e assim levou a Taça Guanabara. Depois disso,  os quatro melhores colocados se enfrentaram nas semifinais em dois jogos. Os vascaínos tiveram novamente o melhor desempenho. Ganhando o Fluminense por 2 a 1 em duas vezes seguidas, o time da Colina foi o melhor nas semifinais e levou a Taça Rio.

CURIOSIDADES

O ESTÁDIO

O estádio Vasco da Gama, conhecido como São Januário e inaugurado em 21 de abril de 1927, além de histórico, é um dos mais charmosos do mundo. As características originais de sua arquitetura encontram-se bem conservadas. O Projeto de Lei 1563/96 da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, apresentado pelo vereador Ivan Moreira em 29 de maio de 1996, tombou o estádio e seu complexo esportivo e social, por seu valor histórico, cultural, esportivo e social.Sua fachada, em estilo neocolonial, se encontra em processo de tombamento pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio), o órgão estadual que tem a missão de preservar o patrimônio cultural do Rio de Janeiro. É noticiado com uma certa frequencia que a fachada teria sido tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)(informação a ser confirmada, pois não foi encontrada no site do IPHAN).
Em 30 de abril de 2008, São Januário foi eleito a Primeira Maravilha da Zona Norte, ao vencer a votação popular promovida pelo site 7 Maravilhas da Zona Norte.  Foram enviados cerca de 130 mil votos, dos quais 37 mil (mais de 28%) foram para o Caldeirão da Colina. Este evento foi uma iniciativa do bibliotecário Evando dos Santos e contou com um amplo apoio e divulgação dos veículos de comunicação. Vale ressaltar que São Januário superou, inclusive, o Maracanã (Estádio Mário Filho), que ficou em terceiro lugar na votação.

REI PELÉ

Em 1957, o Rei Pelé jogou pelo Vasco, enquanto o time principal excursionava pela Europa. Isso aconteceu no Torneio do Morumbi, com partidas realizadas no Maracanã. Flamengo, Belenenses (POR) e Dínamo (IUG) participaram da competição. Em alguns textos da época, alguns jornalistas chegaram a falar no “nascimento do futuro craque da Seleção”. E não deu outra: o técnico Sílvio Pirillo decidiu convocá-lo para a disputa da Copa Roca, contra a Argentina, no Maracana, no dia 7 de julho de 1957.

FUTEBOL FEMININO

2006 inicia uma saga no futebol feminino do Brasil. Marta, jogadora revelada pelo Vasco, é eleita a melhor do mundo pela FIFA. A partir dai a magnífica jogadora não parou mais.

MILÉSIMO GOL DO ROMÁRIO

 2007,  Romário marca o milésimo gol na sua carreira. O baixinho que era gigante na grande área decidiu encerrar a sua carreira no clube que o revelou, além de escolher o clube da Colina para ser o time onde ia marcar o gol  número 1000 na sua trajetória. A meta foi batida contra a equipe do Sport, em partida válida pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, no dia 20 de maio.

CASACA, CASACA, CASACA ZACA ZACA! A TURMA É BOA É MESMO DA FUZARCA! VASCO, VASCO, VASCO!

Este grito de guerra já foi lançado milhares de vezes pela imensa torcida cruzmaltina, celebrando grandes conquistas na terra e no mar. Uma tradição que originou-se na década de 1920, e que é mantida até hoje. Tudo começou quando os remadores e outros sócios do clube se reuniam na garagem de barcos para comemorar vitórias nas regatas. Invariavelmente, comparecia a estes eventos uma certa Turma da Fuzarca, que, como seu nome sugere, animava a festa. O hoje famoso grito de Casaca, que surgiu como expressão da confraternização entre os remadores e e a Turma da Fuzarca, passou a ser associado às conquistas vascaínas no remo e, posteriormente, disseminou-se às outras modalidades esportivas.

QUE NOME ESCOLHER?

Quando o Vasco foi fundado, a escolha do nome do clube foi muito debatida. As opções eram: C. R. Álvares Cabral ou C. R. Santa Cruz. No ano da fundação comemorava-se o quarto centenário do descobrimento do caminho marítimo para as Índias pelo navegador Vasco da Gama.  Então.. saudações  vascaínas, e não cabralinos ou santacruzenses.

O GOLEIRO QUE GANHOU NA LOTERIA.

O goleiro Rodrigues (nome completo: Gabriel Rodrigues), de 30 anos, contratado pelo Vasco em agosto de 1945 do Comercial F.C. de São Paulo, além de ser bom goleiro tinha muita sorte. Ele estreou na quinta rodada do campeonato carioca e realizou doze jogos como titular até o fim do campeonato, em novembro, ajudando o Vasco a conquistar o título invicto. No mês seguinte, de férias em Caxambu, Rodrigues comprou um "gasparinho", como eram chamados os bilhetes da Loteria Federal, e foi premiado com 200 mil cruzeiros, uma fortuna na época. Sem precisar mais do futebol para viver, Rodrigues decidiu pendurar as chuteiras e voltar para São Paulo.

A ESTREIA DA CAMISA PRETA COM FAIXA DIAGONAL BRANCA.

Até a década de 1940, era comum ver na imprensa referências ao time de futebol do Vasco como os camisas pretas. Porém, no campeonato carioca de 1943, o Vasco apresentou uma novidade no seu uniforme: foi acrescentada à camisa preta a faixa diagonal branca. A motivação dessa inovação é desconhecida, mas especula-se que tenha sido por sugestão do técnico Ondino Viera. A estréia do novo uniforme deu-se na partida contra o Fluminense, nas Laranjeiras, no dia 13 de junho de 1943.

PRIMEIRAS TORCIDAS ORGANIZADAS.

Hoje em dia existem muitas torcidas organizadas vascaínas, mas até o final dos anos 60 havia apenas uma facção, a Torcida Organizada, cujo primeiro chefe chamava-se João de Luca. Em 1956, problemas de saúde não o permitiram continuar, e ele foi então sucedido pela lendária Dulce Rosalina, a primeira mulher a chefiar uma torcida no Rio de Janeiro. Nos anos 50, também tornou-se célebre o torcedor Ramalho, que soprava um longo talo de mamão como uma corneta, para animar a torcida durante os jogos.
Em 1970, apareceu a Força Jovem, fundada num casarão da Rua Cônego Tobias, no bairro do Méier. A primeira faixa estendida nos estádios pela torcida dizia VASCO, O MÉIER TE SAÚDA. Inicialmente (1970 e 71) a FJ foi chefiada por Manoel, depois por Melo e, posteriormente, quando ganhou projeção, por Eli Mendes.
A Torcida Feminina Camisa 12, exclusivamente feminina, surgiu em 1973 por Iara Barros.
De lá pra cá, inúmeras torcidas organizadas têm sido criadas.

APELIDOS DO CLUBE.

Ao longo de sua história, vários apelidos para o Vasco estiveram em voga. Nas décadas de 1920 e 1930, a imprensa comumente referia-se ao onze vascaíno como os “Camisas Pretas”, pois naquela época assim era o uniforme do time de futebol, ainda sem a faixa diagonal branca que sempre foi usada pelas guarnições de remo e que só seria adotada no início da década de 1940.
O apelido de “Gigante da Colina”, que até hoje é usado, surgiu devido ao estádio de São Januário estar localizado numa região topograficamente elevada. Todavia, há quem conteste que São Januário fique numa colina, preferindo atribuir a denominação a um equívoco geográfico, pois existia um Morro de São Januário (já demolido), mas que ficava no centro da cidade, bem longe, portanto, da Rua São Januário, a principal via de acesso ao estádio. Aliás, por algum tempo, até quase o fim da década de 1930, o estádio, cujo nome oficial sempre foi Estádio Vasco da Gama, era freqüentemente chamado de Campo da Rua Abílio, que naquela época era como se chamava a rua General Almério de Moura, onde fica a bela fachada principal e a entrada social.

O BAIRRO VASCO DA GAMA.

Em 1998, ano do centenário do Vasco, no dia 8 de setembro, a Lei 2672/98 da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, cujo Projeto de Lei 425/97 foi apresentado pelo vereador Áureo Ameno, transformou a área onde fica São Januário e adjacências num novo bairro carioca. A região, que até então fazia parte do bairro de São Cristóvão (VII região administrativa), passou a se chamar Vasco da Gama. A homenagem, além de justa, faz muito sentido na prática, pois o clube, com seu estádio e sede principal, é há muito tempo a referência para as pessoas que vão à região.


O APELIDO “BACALHAU”

Ainda durante a década de 60, as torcidas adversárias, com intenções pejorativas inventaram o apelido “bacalhau”. O apelido foi aproveitado pelo cartunista Henfil , cujos quadrinhos na época apareciam no Jornal dos Sports com um personagem que representava o torcedor do vasco, um português careca e bigodudo. A torcida cruzmaltina acabou adotando o apelido com muito orgulho.
O FREGUÊS DA GÁVEA

Dos 41 adversários do Flamengo na Gávea, somente o Vasco, Atlético Mineiro, Seleção Carioca, Juventude e Grasshoppers, da Suíça, levam a melhor sobre o rubro-negro. Contra o time cruzmaltino, em 15 jogos, foram seis vitórias, um empate e oito derrotas. Em São Januário, foram 26 partidas: o Vasco venceu 13, empatou 7 e perdeu 6.   
   
GANDULA      
     
Gandula (nome completo Bernardo Gandulla) foi um jogador argentino que atuou no Vasco em 1939. Era característica do Gandula ir buscar a bola que havia saído  de campo e entregar ao jogador encarregado  de repô-la em jogo. Quando passaram a serempregados garotos com a função de devolver as bolas para o campo, durante as partidas, o público os apelidou de “gandulas”  em homenagem ao ex - craque vascaíno.

O FLA TEM MAIS VICE

Depois do estrondodo sucesso do “Almanaque Anos 80” , os jornalistas Luiz André Alzer e Mariana Claudino, resolveram lançar um livro que tem sido um deleite para os vascaínos. “ os 10 mais”, da Editora Agir reúne 250 listas reveladoras e curiosas sobre muitas crenças espalhadas anos a fio pela boca do povo. Entre as revelações, o assunto mais polêmico é com relação ao clube carioca que tem mais vice-campeonatos.  Na relação estão:
1)      América  - RN (45)
2)      Atlético  - MG (35)
3)      Flamengo – RJ (33)
4)      Cruzeiro – (33)
5)      Paysandu – PA (32)
6)      Remo – PA (32)
7)      Santa Cruz – (31)
8)      Náutico  - (29)
9)      ABC – RN (27)
10)   Vasco (27)
Convém destacar também que apesar de ter perdido as últimas quatro dicisões de CampeonatoCarioca e uma da Copa Brasil, O Vasco ganhou mais títulos que o Flamengo. São 21 contra 19 do rubro-negro.

O DIA DO VASCO

Desde 2007 que os vascaínos têm um dia voltado para o seu clube de coração. Apesar de celebrar o Gigante da Colina todos os dias do ano, os torcedores do Vasco têm o dia 21 de agosto um sentimento especial. Isso aconteceu em função do projeto de lei nº 5.052 que foi sancionado pelo governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho no dia 2 de julho de 2007. A partir desse ano a data se tornou comemorativa e homenageia também a fundação do clube.

LICENCIAMENTOS

O processo de licenciamento do Vasco da Gama permite o uso legal das marcas do clube em produtos que são comercializados em todo o mundo.

O trabalho visa atingir todos os torcedores, para que eles possam ter acesso a produtos oficiais do clube, adquirindo algo original, de qualidade e que foi aprovado pelo Departamento de Marketing. Desta forma, o Vasco recebe uma porcentagem (royalties) pela venda e, assim, mesmo estando longe fisicamente, os vascaínos podem ajudar seu clube do coração a crescer cada dia mais.


COMEMORAÇÕES:

FESTA DOS 114 ANOS

CASACA, CASACA, CASACA ZACA ZACA! A TURMA É BOA. É MESMO DA FUZARCA! VASCO, VASCO, VASCO!

Com este grito de guerra entoado há décadas, a noite de terça-feira, 21 de agosto, foi palco de  mais uma comemoração pelos 114 anos do C. R. Vasco da Gama,  realizado em sessão solene,  na sede Náutica da Lagoa.

O evento contou com a presença do presidente Roberto Dinamite, de vices-presidentes do clube, sócios, conselheiros, beneméritos, autoridades do Rio de Janeiro, entre eles a chefe da polícia civil do Rio de Janeiro, Marta Rocha e o prefeito Eduardo Paes, que foi o orador da noite, onde anunciou algumas boas notícias para os vascaínos.
Em seu discurso, Eduardo Paes , além de participar animadamente do grito de guerra, anunciou  aos presentes  o início do trabalho de recuperação do  estádio São Januário, para a Olimpíada de 2016 e o centro de treinamento em Vargem Grande, um espaço de ponta cedido pela prefeitura do Rio Janeiro. 
 Um dos mais emocionados com a solenidade, Roberto Dinamite comentou sobre a comemoração dos 114 anos e fez questão de registrar os parabéns, dizendo estar vivendo um momento especial tanto para ele quanto para todos os vascaínos. Também durante a cerimônia na sede Náutica da Lagoa, foi feito um minuto de silêncio em homenagem os ilustres vascaínos, falecidos neste ano de 2012, entre eles o guitarrista Celso Blues Boy.

A diretoria do Vasco também prestou homenagens, com a entrega dos escudos, aos sócios que completaram 50 e 70 anos de clube. Uma das venerações foi para Laura Eunice das Chagas, de 78 anos, atleta master do atletismo do Vasco e que soma 680 medalhas na carreira, sendo 300 delas conquistadas pelo Vasco. Laura tem 58 anos de sócia.

Entre os homenageados, estão: Alberto da Silva, Aluisio Borges, Antonio da Cunha ,Bryan da Silva, Eduardo Ribeiro, Jayme de Vasconcelos, João dos Santos, João Paulo Cantalisse, José de Carvalho, José de Amorim, José de Andrade, José Rabelo, Laura das Chagas, Leonardo de Faria e Rita da Silva.  E  pelos 70 anos no clube:  José Carlos Osório e Nelson Carneiro Fontes.
Entre os presentes, Martha Rocha contou à Revista Cruzmaltino que comemorar 114 anos é renovar o compromisso com a democracia e com muito orgulho finalizou ser vascaína. Hélio Donin, presidente do Conselho fiscal enalteceu o vasco, resumindo ser o vasco sinônimo de glória, tradição e história, além de se sentir um felizardo em pertencer ao clube. Leonardo Martins, desejou aos vascaínos que hoje completam 114 anos, a vontade de estar sempre  juntos, em prol do mesmo objetivo. Agradeceu a presença de todos, em especial a Iara Barros pelo companherismo e paixão incondicional ao Vasco.
Durante todo o evento, um delicioso e caprichado coquetel foi servido, finalizando com um grande bolo de aniversário que deixou em todos, aquele gostinho de quero mais.

HOMENAGEM NA CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO.

O Dia do Vasco e do Vascaíno foi comemorado com muita emoção e alegria nA sexta-feira (24) na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.  A homenagem aconteceu pelo sexto ano e se refere à fundação do clube, no dia 21 de agosto, a partir de uma lei do vereador Roberto Monteiro.

O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, agradeceu a iniciativa do vereador e ressaltou a importância de toda a diretoria contribuir, com dedicação e competência, para o time cruzmaltino. “Estamos saneando e buscando colocar o Vasco no caminho certo. Hoje, eu enxergo o Vasco com a possibilidade muito maior de fazer investimentos e trazer novos parceiros”, declarou Dinamite.

O vereador Roberto Monteiro afirmou que “quando me perguntam do por que da homenagem, sempre respondo que se a Câmara dos Vereadores tivesse que escolher apenas um clube para homenagear, este clube seria, obrigatoriamente, o Vasco. Nenhum outro clube contribuiu tanto para divulgar o Rio como cidade maravilhosa do que o Vasco".

Homenagens

A noite foi de muitas homenagens. A primeira foi para Walter Miceli, o famoso Jaguaré, que durante 54 anos consecutivos foi locutor oficial do estádio de São Januário. Falecido em 2001, Jaguaré completaria, em 2012, 65 anos de contratação como locutor pelo Vasco.

Em seguida foi a vez de receber a moção e a placa comemorativa o senhor Nelson Carneiro Fontes, pelos seus 70 anos de vida associativa. Muito emocionado, esse apaixonado pelo Clube contou a glória de receber do pai, em 1942, o título de sócio do Vasco.

Também foram homenageados: José Roberto Santos da Costa, que foi atleta de Futebol do Club de Regatas Vasco da Gama entre os anos de 1958 e 1962 onde sagrou-se como 1º Campeão do Estado da Guanabara em 1960; e Rogerio Corecha Teixeira e Ronaldo Corecha Teixeira, que foram Campeões Brasileiros de Karatê pelo Club de Regatas Vasco da Gama no ano de 2004.

Falecido no dia 15 de agosto deste ano, foi homenageado também, in memoriam, João Augusto Lobarinhas Carneiro, sócio do Vasco e membro do Conselho Deliberativo do clube. Outrohomenageado foi Irene Teixeira da Silva, já falecida, conhecida torcedora e frequentadora do Club de Regatas Vasco da Gama por mais de 50 anos e membro da TOV.

O time de Futebol Americano Vasco da Gama Patriotas, que esteve presente na Câmara Municipal, foi outro agraciado da noite com a placa comemorativa. Desde agosto de 2010, o timevem conquistando o carinho da Torcida Vascaína, pela garra e determinação com que defende as cores e os símbolos do Vasco. Também presentes à festa, o time de futebol feminino sub 17, que encantou a todos nesta noite, foi outro a receber as homenagens. Sempre pioneiro, o Vasco foi o primeiro clube de massa a estruturar equipes de futebol feminino, revelando para o esporte suas principais estrelas de projeção nacional e internacional. Neste ano, a equipe conquistou o título de campeã mundial, primeiro título mundial conquistado por um clube no futebol feminino.

A última, porém uma das mais emocionantes homenagens da noite, foi para o guitarrista Celso Blues Boy, que faleceu no dia 6 de agosto. Seu amigo Roberto Lly recebeu em nome da família uma placa e uma moção. Um vídeo mostrou Celso tocando o hino do Vasco, cantado em alto e bom som na Câmara Municipal pelos apaixonados pelo clube.

Por fim, como já faz parte da história do clube os torcedores entoaram o famoso grito de guerra “Casaca, casaca, casa, casa casaca. A turma. É boa. É mesmo da fuzarca!
Vasco, Vasco, Vasco!".

A festa contou com a presença de diversos dirigentes do Vasco, como o presidente do Conselho Deliberativo, Abílio Borges, o primeiro vice-presidente geral, Antônio Frutuoso Peralta, o segundo vice-presidente geral, Nelson Rocha, o presidente do Conselho Fiscal, Hélio César Donin, entre outros conselheiros. Também marcou presença o ex-ministro de Promoção da Igualdade Racial do Governo Lula, Elói Ferreira. Após a solenidade, houve um coquetel para os presentes na própria Câmara Municipal.


Fonte de pesquisa e agradecimentos: Site oficial do C R VASCO DA GAMA, Netvasco, Paixão vascão e Cr Vasco da Gama; coberturas jornalísticas, entrevistas.








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