Festa combina com bolo
Os 3 bolos artísticos acima foram feitos em 40 tabuleiros.
Pensar em festa e não pensar no bolo, isto é impossível. E em
maio então, mês recheado de comemorações, como o dia das mães, mês das noivas e
aniversariantes regidos sob os signos de touro e gêmeos, não poderia ser melhor
época para os negócios e grandes vendas. E o bolo, sem dúvida, tem sido o
grande diferencial destes momentos felizes.
No mês das noivas, bolos lindíssimos, cada vez mais
decorados e chiques, mostram uma tendência pra lá de charmosa e especial. Mas
quando e como surgiram os bolos?
No início, todos os doces que eram feitos em assadeiras eram
considerados bolos, e estes tinham que ser redondos, pois, como seu próprio
nome diz, bolo vem de bola, desde a Antiguidade. Mas, com o passar dos anos, os bolos foram se
moldando, seguindo as tendências da época e as necessidades da decoração.
Existem muitas dúvidas quanto à origem do bolo.
Provavelmente o bolo tenha surgido a partir das tortas e na mesma época do pão,
sendo que, do ponto de vista técnico, o bolo sempre teve uma consistência
macia, revestido de uma pequena crosta de massa.
Com a chegada dos banquetes luxuosos e exuberantes da época
renascentista, os bolos passaram a ser a grande atração, principalmente no que
se refere à decoração. Depois, os bolos passaram a ser glaciados com açúcar,
polvilhados com frutas cristalizadas, amêndoas trituradas e enfeitados com
raminhos de alecrim.
Em 1800, o bolo atingiu seu auge. Vários tipos surgiram
entre eles o “Bolo Espuma”, que foi o primeiro bolo a ter creme. Durante o
reinado da rainha Vitória na Inglaterra, os bolos eram enormes, chegando a
pesar mais de 100 quilos e ter uma altura maior que dois metros.
A partir daí, os bolos passaram a ser divididos em diversas
camadas e recheados por uma infinidade de cremes, mas o recheio à base de
manteiga surgiu apenas no início do século XX. Logo após foi a vez do delicado
“Creme Parisiense” ou “Ganache” chegar e
até hoje é considerado insuperável.
Depois dele surgiu o “Creme Italiano”, confeccionado por meio da estabilização
da clara de ovos em neve com o açúcar cozido e desde então, vários tipos de
bolos foram surgindo. Alguns estilos foram se destacando, como o
“croquembuche”, de Carolinas; os feitos com o francês “foundant”, o “Glacê
Real”, entre outros.
Enquanto vários recheios e coberturas iam surgindo, também
vários bolos para diversas comemorações iam aparecendo.
O bolo de casamento apesar de sua origem não ser precisa, já
que alguns contam que sua invenção ocorreu na Grécia e outros afirmam que o
bolo de casamento surgiu na Roma Antiga, sabe-se atualmente que seu papel é
fundamental para a festa. Depois dos noivos, sem dúvida o bolo é o mais adorado
e elogiado.
Marly Scalsilli, grande parceira da revista Mão na Massa e
fera no que faz há 50 anos, homenageia a edição 100 da Revista Mão na Massa,
com um passo a passo do bolo de
aniversário, feito especialmente para a revista. Durante um agradável bate-papo
recheado a delícias que ela sabe fazer, aliás, muito bem, Marly enquanto
preparava o passo a passo especial, mostrou um pouco da sua carreira de sucesso
e ainda deu algumas dicas imperdíveis, em um rápido pingue-pongue.
Formada em Gastronomia, pós-graduada em pâtisserie, membro
da ACE - Associação Internacional de Bolos Artísticos e com diversos prêmios em
sua bagagem, nos mostrou bolos artísticos lindíssimos que valem a pena
conferir.
Com vocês, Marly Scalsilli.
MM: Você que faz
bolo para diversos eventos, o que simboliza o bolo para você?
MS: O bolo
simboliza a alma da festa. Todos querem
ver e provar o bolo.
MM: Qual o grande
desafio para fazer um bolo que em sua opinião é perfeito?
MS: A montagem do
bolo. Estando perfeito o restante é de fácil execução.
MM: Qual foi o bolo
mais difícil que você já fez?
MS: Meu maior
desafio foi a montagem do bolo do Leão. Foram 40 tabuleiros para fazer o leão
em tamanho natural.
MM: Finalizando,
qual o conselho que você daria àqueles que querem seguir o seu sucesso?
MS: Toda pessoa
que deseja entrar na área de confeitagem artística, deve se atualizar sempre.
Seja através de cursos, congressos ou revistas especializadas. E principalmente
se dedicar muito, pois hoje em dia, a profissão de confeitagem artística está
em destaque.
Agradecimentos especiais: Iara Barros e Marcelo Couto
Fonte de pesquisa: História da Culinária
Fonte de pesquisa: História da Culinária
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Souza, RJ.