QUEIJOS & VINHOS
HISTÓRIA DO QUEIJO
Grande troféu dos ratinhos em desenhos animados, companheiro
ideal do vinho, sabor especial no lanche da escola ou presente no café da
manhã, o queijo, sem dúvida é o acompanhamento perfeito para todas as ocasiões.
Mas quando surgiu esta maravilha? De onde surgiu?
Em um passado muito distante, anterior à pré-história, povos
antigos já consumiam o queijo.
Os egípcios estão entre os primeiros povos a entrar nesta
enorme lista de descobridores do queijo. A mais antiga evidência arqueológica da
produção de queijo foi encontrada nas pinturas de uma tumba egípcia, há de cerca de 2.000 a.C. Provavelmente os primeiros queijos deveriam
ser ácidos e salgados e com a textura que encontramos hoje no queijo cottage ou no "Feta", um farelento e saboroso queijo grego.
Na Europa, os gregos foram os primeiros a adotá-lo em suas
refeições. Entretanto, os romanos foram os responsáveis pela divulgação do
queijo pelo mundo, pois o alimento era indispensável na alimentação dos nobres
e em grandes banquetes imperiais.
Relacionado sempre à mitologia e as divindades, o queijo
teve maior alcance na antiga Suméria, passando pelas civilizações Babilônica,
Hebraica, Antiga Grécia e na civilização
romana. Na Idade Média os queijos atingiram um dos pontos mais altos no que se
refere à higiene. Certas ordens religiosas ganharam reputação por causa da
qualidade dos seus queijos, devido às rígidas regras de higiene em sua
manufatura. Tanto que o nome queijo deriva do termo medieval formatium, ou
“queijo colocado na forma”.
Em sua forma primitiva, o queijo era apenas o leite coagulado, sem soro e salgado. A partir da Idade Média, a fabricação de queijos finos ficou restrita aos mosteiros católicos, com novas receitas desenvolvidas por seus monges.
Nos séculos XIV e XV, depois da criação de mercados e feiras, o queijo passou a ser mais consumido e, somente no século XIX, sua produção passou a ser industrial, aumentando e muito o seu consumo. Nesta época também o queijo passou a ser pasteurizado.
A partir daí, o queijo foi evoluindo até chegar ao que conhecemos
hoje: o acompanhamento perfeito para todas as ocasiões.
Derivado do leite concentrado através da coagulação e da
eliminação da parte líquida, que é o soro, é no processo de coagulação que
vários tipos de queijos são produzidos.
No Brasil, alguns historiadores dizem que o queijo chegou
através dos portugueses, outros afirmam que foram os dinamarqueses que
trouxeram. Dúvidas à parte, a melhor afirmação é que, com um clima propício do
nosso país, o queijo chegou e ficou.
Cerca de 70 tipos de queijo são fabricados no Brasil. Um dos
principais fatores na diferenciação entre os tipos de queijo é o tempo de
maturação, tempo que ficam "envelhecendo" ou "curando" até
atingir o ponto ideal. Os grandes campeões da queijaria nacional são: muçarela, queijo prato, requeijão e o minas frescal .
Juntos, eles representam mais de 60% dos queijos produzidos no país. A adoração
pelo queijo no Brasil é tanta que o queijo artesanal mineiro foi registrado em
2008 como patrimônio imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional. Portanto, assim como ratinhos dos desenhos
animados, nós não sobrevivemos sem um
queijinho.
TABELA DE CALORIAS
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TIPO DE QUEIJO
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QUANTIDADE
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CALORIAS
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BRIE
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1 fatia (30g)
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110Kcal
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CAMEMBERT
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unidade (50g)
|
136Kcal
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CACCIO CAVALO
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1 fatia (30g)
|
89Kcal
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CHEDDAR
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1 fatia (30g)
|
108Kcal
|
EMMENTAL
|
1 fatia (30g)
|
119Kcal
|
FUNDIDO
|
1 fatia (35g)
|
124Kcal
|
GORGONZOLA
|
uma porção (30g)
|
144Kcal
|
GOUDA
|
1 fatia (30g)
|
107Kcal
|
GRUYÈRE
|
uma porção (25g)
|
93Kcal
|
ITÁLICO
|
1 fatia (30g)
|
107Kcal
|
MUÇARELA
|
1 fatia (15g)
|
47Kcal
|
MUÇARELA DE BUFALA
|
1 nó (20g)
|
65Kcal
|
PARMESÃO
|
1 fatia (30g)
|
118Kcal
|
PECORINO
|
1 fatia (35g)
|
143Kcal
|
PORT SALUT
|
1 fatia (30g)
|
123Kcal
|
PROVOLONE
|
1 fatia (15g)
|
45Kcal
|
QUEIJO DO REINO
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1 fatia (30g)
|
115Kcal
|
RICOTA
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1 fatia (30g)
|
50Kcal
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ROQUEFORT
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uma porção (25g)
|
97Kcal
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SAINT PAULIN
|
1 fatia (30g)
|
102Kcal
|
SUÍÇO
|
1 fatia (30g)
|
122Kcal
|
TILSIT
|
1 fatia (35g)
|
126Kcal
|
HISTÓRIA DO VINHO
Já que
escrevemos sobre o queijo, seu companheiro, o vinho não poderia ficar de fora, pois sua história, além
de grande importância histórica, fez parte de grandes evoluções econômica
e sociocultural de várias civilizações ocidentais e orientais.
Cada cultura conta seu surgimento de uma
forma diferente. Os cristãos, seguindo o Antigo Testamento, acreditam que foi Noé quem plantou um vinhedo e a partir daí, surgiu o primeiro vinho do mundo. Já os gregos
consideraram a bebida uma dádiva dos deuses. Do ponto de vista histórico, sua
origem correta é impossível, pois o vinho nasceu antes da escrita. Existem
referências que indicam a Geórgia como o local onde provavelmente se produziu
vinho pela primeira vez, entre 7000 a.C.
e 5000 a.C..
Na mitologia
grega, Dionísio, filho de Zeus, um dos doze deuses olímpicos, era considerado o deus das
belas artes, do teatro e do vinho. Eles possuía conhecimentos e segredos do plantio e colheita
da uva. Na mitologia romana, Baco era o
deus do vinho, das festas, do lazer, do prazer e da folia. Filho do deus
Júpiter com a mortal Sêmele, Baco era considerado pelos romanos como um amante
da paz e promotor da civilização.
Osíris, deus
Egípcio era considerado o deus do vinho. Os faraós ofereciam vinhos e
queimavam vinhedos aos deuses. Os primeiros enólogos foram egípcios.
A partir de 2500 a.C., os vinhos egípcios foram exportados
para a Europa Mediterrânea, África Central e reinos asiáticos e em
2 mil a.C., chegaram à Grécia.
Fundada
em 753 a.C, Roma era inicialmente uma vila de pastores e agricultores. A
partir do século VI a.C., começou a
se expandir e, já em 146 a.C., a península Itálica, o Mediterrâneo
e a Grécia estavam anexados ao seu território.
Junto com os
romanos, os vinhedos chegaram à Grã-Bretanha, à Germânia e, depois, à Gália, que mais tarde veio se chamar
França.
A predileção
da época era pelo vinho doce. Os romanos colhiam as uvas o mais tardar possível, ou
adotavam um antigo método, colhendo-as imaturas e deixando-as no Sol para
secar e concentrar o açúcar.
Diferente
dos gregos, que armazenavam a bebida em ânforas, o processo romano de envelhecimento
era moderno. O vinho era guardado em barris de madeira, o que aprimorava o sabor do vinho .
Após a queda
romana, na Idade Média, províncias foram
reduzidas e a produção do vinho retrocedeu neste continente. A vinicultura só
voltou a ser beneficiada com o surgimento da a Igreja Católica, pois
perante a liturgia, o vinho passou a ser o sangue
de Cristo
Por volta
do século XIII, as cruzadas católicas livraram o Mar
Mediterrâneo do monopólio árabe, possibilitando a exportação do vinho pelas
vias marítimas.
Com as
grandes navegações, o continente americano recebeu os vinhedos durante o
período de colonização espanhola. Cristóvão Colombo trouxe
uvas às Antilhas em 1493, e após a adaptação às terras tropicais, as videiras foram
exportadas para o México, os Estados Unidos e
as colônias espanholas na América do Sul.
Já com a
Revolução Industrial, no século XVIII a produção vinícola sofreu
modificações irremediáveis para adaptar-se ao mundo industrializado.
No século XX, a vitivinicultura evoluiu muito,
acompanhando os avanços da tecnologia e da genética. O cruzamento genético das
cepas das uvas, a formação de leveduras transgênicas e a produção
mecanizada elevaram substancialmente a qualidade e o sabor do vinho, feito sob
medida para agradar os mais diversos paladares.
A história
do vinho no Brasil , segundo relatos deu-se na
época do descobrimento. As treze caravelas que partiram de Portugal
carregavam pelo menos 65 mil litros de vinho, para consumo dos marinheiros.
As primeiras
videiras foram introduzidas no Brasil por Martim Afonso de Sousa,
em 1532, na capitania de São Vicente.
O tempo e a
apuração do paladar fez com que o brasileiro passasse a exigir produtos
melhores provocando a importação de novos rótulos e maiores cuidados com a
produção nacional levando o vinho, de fato, a fazer parte da mesa brasileira.
Diz-se que o
brinde é uma oportunidade de realçar e reunir os cinco sentidos humanos, pois o
olfato, leva ao aroma; o paladar, o sabor; o tato, a temperatura; a visão, as cores e a audição, a possibilidade de ouvir o toque das taças.
Jorge
Salton, da Vinícula Salton tem muita história para contar. Sua vinícola oferece
programas customizados de visitação. Coordenados por profissionais das áreas de
Enologia e Turismo, os passeios fazem com que os turistas conheçam a história
através de pinturas reproduzidas nas
paredes que retratam o vinho em
diferentes momentos da história.
QUEIJOS & VINHOS
Não tão antiga quanto a história do queijo ou do vinho, a
combinação “Queijos e vinhos” vem de séculos atrás. Mas precisamente desde a
era feudal, quando camponeses pobres que tinham apenas estes “ingredientes”
para animar suas festas, se reuniam para celebrar momentos especiais. Na época,
cada um trazia pão, queijo, vinho... E a festa estava feita. Hoje, com o passar
dos anos, a combinação continua em alta, não mais por falta de opção apenas,
mas também pelo glamour que a combinação sugere. Segundo o sommelière Jonas
Magalhães, autor do blog Dionisios: Simplificando o vinho, para que haja uma boa harmonização entre
queijos e vinhos, algumas dicas devem
ser seguidas, já que a diversidade de ambos é bem grande. “Quando chega o
inverno é grande a procura por queijos e vinhos, pois são fáceis de encontrar e
sua combinação ajuda esquentar o corpo e a alma. A grande dica entre queijos e
vinhos é combinar a intensidade entre eles, um queijo forte precisa de um vinho
tinto robusto, um queijo fresco exige um vinho leve e refrescante, ou seja, um
vinho branco. Isso para que um não ofusque o outro.Outra boa dica é saber o
país de origem do queijo e tentar combinar com um vinho de mesma origem,
acertando a intensidade entre eles” , sugere Jonas.
Portanto, seja em um encontro entre amigos ou em uma
comemoração romântica, com a chegada do inverno, tá aí uma boa pedida! Algumas
combinações - Queijos frescos: Vinhos brancos leves, frutados e refrescantes,
com acidez marcante. Vinhos: Sauvignon Blanc, Chardonay, Torrontes, Albariño,
Muscadet ou espumantes. - Queijos brancos moles: Combinar com Espumantes (para
combinar a acidez, equilibrar o sal e dar refrescância), além da possibilidade
de vinhos como Riesling e Gewürztraminer, Sauvignon Blanc - Queijos semimoles:
Boas harmonizações com brancos aromáticos como Riesling, Gewürztraminer, Arneis
e Torrontés, Além disso, há a possibilidade de combinar com tintos leves e
frutados, como PinotNoir, Beaujolais, Barbera e Dolcetto - Queijos duros: De
sabor mais forte e complexo precisam de vinhos mais encorpados Vinho: Cabernet
Sauvignon, Malbec, Merlot e Carménere. - Queijos azuis: O sal e potência destes
queijos levam as combinações com vinhos desde tintos até os vinhos doces. Ideal
é o vinho do Porto para quebrar o sal.
Agradecimentos: Jonas Magalhãesdionisios.vinho@
gmail.comhttp://dionisiosvinho.blogspot.com.br/
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